Revista Appai Educar - Edição 117

escolas tenham autonomia pedagógica para desen- volver trabalhos onde o aluno seja o foco principal e o professor esteja presente apenas para dar suporte ao desenvolvimento deles. A avaliação acontece em dois momentos. Os quesitos obra, organização e participação são apreciados durante o processo, pelo professor de Arte. Outros aspectos importantes, como postura, frequência e discurso, são analisados no dia do evento, por docentes de diferentes áreas do co- nhecimento. O trabalho vale até cinco pontos no primeiro semestre nas disciplinas Ética e Cidadania, Língua Portuguesa, Arte e História. “O projeto é in- terdisciplinar e, apesar de o trabalho contar pontos apenas para estas disciplinas, durante todo o pro- cesso abordamos com os alunos conceitos de Ma- temática, de Ciências e de Geografia, por exemplo”, esclarece o professor de Artes Leonardo Mattos. Além de acompanhar todo o planejamento, cabe aos professores de Arte ajudar os alunos na escolha da obra que será analisada e exposta. Para colaborar na definição, os estudantes selecionam três pinturas que retratem o subtema do grupo e o docente sugere novos formatos e possibilidades de criação. O professor de História auxilia no processo de pesquisa do contexto histórico, na cenografia do estande e na indumentária utilizada pelos inte- grantes do grupo. Os estudantes são estimulados a utilizar material reciclado sempre que possível. Com o auxílio do professor, os alunos pre- cisam elaborar um relatório contendo a pesquisa histórica e o processo de criação da tela. A técnica mais utilizada por eles é a pintura, mas os profes- sores têm liberdade para trabalhar outras opções como a colagem, por exemplo. Para Leonardo Mattos, ao desenvolver pro- jetos interdisciplinares as instituições de ensino possibilitam interação e despertam o potencial criativo dos alunos. “A gente precisa pensar sobre a função da escola. Durante muito tempo ela foi vista como lugar para reprodução de conteúdo. Desenvolver um projeto como este coloca o aluno como o protagonista na produção do conhecimen- to e passa a ser, de fato, o lugar de produção de saberes”, avalia Leonardo.

Além de reproduzir o quadro, os estudantes ainda precisam decorar o ambiente e estar caracterizados de acordo com o tema da pesquisa

Os valores arrecadados durante o leilão das telas produzidas pelos alunos e expostas no ver- nissage foram doados para o Instituto de Proteção Social Paz e Bem, que fica em Belford Roxo, e para o Instituto Novo Amanhecer, localizado em São João de Meriti, ambos municípios do Rio de Janei- ro. Em outras unidades do Elite, o projeto também é desenvolvido com as turmas da Educação Infantil e do Fundamental I. Por Marcela Figueiredo Elite Rede de Ensino - Unidade Norte Shopping Avenida Dom Hélder Câmara, 5.474 – Del Castilho Rio de Janeiro/RJ CEP: 20751-971 Tel.: (21) 3173-6171 Site : ensinoelite.com.br Coordenadora Pedagógica do Fundamental II:

Ana Carolina Brazileiro Fotos: Marcelo Ávila

Educação Artística

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