Andaluzia
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as suas bolsas cheias de bebidas. Deixando de
lado este fenómeno social, os bares de Inverno
commais ambiente situam-se nas Calles
Rosario, Antonio López e perto das Plazas de
España e San Francisco. Os grupos de gente
à porta servemde propaganda para este ou
aquele bar.
Célebres são: O Donell, com uma ampla
seleção de cervejas de importação; Arsa, com
boas bebidas e música espanhola; Persigueme,
com bom ambiente e atuações às quintas
(música, magia, humor, teatro…); Farmacia de
Guardia, que serve bebidas fortes com nomes
de medicamentos; o Pop Art, o Habana, um
dos mais tranquilos, ao contrário do animado
Cómic.
Na Punta San Felipe os bares sucedem-se uns
a seguir aos outros e o movimento de carros,
de motas e de gente entrando e saindo dos
bares dura até de madrugada. Destacam-se La
Sucursal e El Capitolio, com bom ambiente.
CARNAVAL E OUTRAS FESTAS
O Carnaval é a grande festa de Cádiz. Muito
popular e alegre, a sua fama já ultrapassou os
limites da cidade e da província. Prepara-se
o Carnaval durante praticamente todo o ano,
escrevendo as letras das canções e anando
as músicas que devem ser originais. Quando
por m chega Fevereiro, toda a baía explode
em cantos e riso. A nal do concurso dos
agrupamentos realiza-se no Gran Teatro Falla
e é transmitida pela televisão para todo o
país. É um espetáculo em que toda a cidade
participa e onde é premiado o génio dos poetas,
músicos e intérpretes, que concorrem em várias
modalidades.
Depois do Carnaval chega a Semana Santa,
também com enorme participação popular
mas comum caráter distinto. Como no resto
da Andaluzia, há procissões solenes onde
participam todas as irmandades da cidade.
A procissão do Corpo e a noite de São João, em
Junho são outras duas festas com interesse.
COMER EM CÁDIZ
A cozinha gaditana baseia-se no marisco e peixe
fresco da baía, grelhado, frito ou acompanhado
por legumes. As tapas e pratos com inuência
de outros portos completam a escolha
gastronómica.
Restaurantes
Económicos: Noya, La Bodega, San Antonio, La
Montanera e Mesón Criollo
Médios: Achuri, Balandro, Fogón de Mariana e
El Ajibe
TAPAS
Umdos santuários da peregrinação tapera
emCádiz é o bairro de La Viña (calle Virgen de
palma e a praça Tio de la Tiza). Aqui encontra-se
uma grande quantidade de bares e esplanadas
onde comer umas tapas e peixe fresco. Os
preços são em conta e, por vezes, é preciso
esperar para conseguir mesa.
Alguns bares: Los Apóstoles, Mesón de las
Américas, Taberna Manzanilla, El Cañon, Casa
Manteca e El Faro.
Seguindo a Calle Sacramento, no cruzamento
com a Sagasta e Santa Inés, deve-se parar
para visitar o Museo de las Cortes de Cádiz.
Foca sobretudo as Cortes que redigiram a
Constituição liberal de 1812 (la Pepa) e conserva
uma maqueta da cidade feita em 1777, onde
se pode ver como o centro da cidade pouco
mudou desde então. Na praça com o mesmo
nome encontra-se o Oratorio de San Felipe
Neri, sede das primeiras Cortes. A fachada está
decorada com lápides de deputados daquela
época e uma placa comemorativa do primeiro
centenário das Cortes de Cádiz. Salientam-se a
abóbada e o retábulo, comuma tela de Murillo.
Continuando pela Calle Sacramento chega-se
ao Grand Teatro Falla, construído em nais do
séc. XIX, em estilo neo-mudéjar, após o incêndio
que destruiu o anterior. Em Janeiro e Fevereiro
atuam aqui os grupos carnavalescos.
La Caleta e La Viña
Seguindo na direção do mar chega-se ao
Castillo de Santa Catalina e à Playa de la
Caleta, a única praia situada no centro de
Cádiz. Pequena e protegida pelo espigão que
comunica com o Castillo de San Sebastián é
umdos lugares preferidos dos gaditanos. Uma
coisa é certa, é uma das poucas praias do litoral
da província onde o forte vento de Levante
menos incomoda. Caraterísticas desta praia
são as numerosas barcas coloridas, varadas
com o baixar da maré e o balneário de la Palma,
construção sobre pilares que é hoje a sede do
Centro de Arqueologia Subaquática.
O bairro La Viña é umdos núcleos mais típicos
da cidade. Convém visitá-lo ao cair da noite para
jantar numdos seus bares ou esplanadas.
No lado Norte pode-se passear pelo Parque
Genovés e pela Alameda Apodaca. A construção
defensiva ao longo desta costa protegia a
entrada da baía. Ainda hoje se podem ver
as guaritas da guarda e o paredão onde os
pescadores esperampacientemente que algum
peixe morda o anzol. Onde acaba a Alameda
começa a Calle Fermín Salvochea, que vai ter
à frondosa Plaza de España, construída sobre
terrenos conquistados ao mar. Destacam-se o
Monumento a la Constitución, o Palacio de la
Diputación e as casas das Quatro e Cinco Torres,
construções caraterísticas de Cádiz. Alémde
símbolo de distinção, serviampara ganhar
altura numa cidade de ruas estreitas, aproveitar
o sol no Inverno e a brisa marítima no Verão. A
Calle Antonio López leva diretamente à Plaza
de Mina, desenhada no séc. XIX para desafogar
ummeio urbano muito congestionado.
Sugere-se a visita ao Museu de Cádiz. Oferece
uma interessante secção de Arqueologia, com
restos das culturas que passarampela província
ao longo dos séculos, desde a pré-história à
idade média; uma secção de Belas Artes com
importantes obras, das quais se destacam
os quadros de Zurbarán, provenientes da
Cartuja de Jerez, e uma de Etnograa com
uma curiosa coleção de marionetas e uma
mostra do artesanato típico gaditano. Por trás
do museu está a Plaza de San Francisco, a partir
da qual sai a Calle Rosario. Ameio caminho foi
construído no séc. XVII, o Oratorio de la Cueva
com a ajuda desinteressada do Marquês de
Valdeíñigo, verdadeiro mecenas da arte em
Cádiz. No interior destacam-se três obras: “O
milagre dos pães e dos peixes”, “ A parábola do
convidado às Bodas” e a “Última Ceia”. É uma
mostra das poucas pinturas de caráter religioso
de Francisco Goya, feitas durante a doença que
o deixou surdo.
Passando a Plaza de San Agustín chega-se
à Casa de las Cadenas, atualmente sede do
Arquivo Histórico e construída nos nais
do século XVII. A visita aos lugares mais
importantes do centro de Cádiz completa-se
comuma passagempela Plaza de la Candelaria,
uma das mais elegantes da cidade e pela Casa
del Almirante, de nais do séc. XVII e com
fachada barroca.
AMBIENTE DIURNO EM CÁDIZ
Plaza del Palillero – Aqui vêmdar as Calle Ancha
e Columela, duas das ruas mais comerciais do
centro. As lojas de marca atraem cada vez mais
a atenção de alguns consumidores, enquanto
outros permanecem éis ao pequeno comércio,
representado por muitas lojas, verdadeiras
instituições nesta parte da cidade.
Plaza de San Juan de Dios – Neste local há um
grande número de bares e restaurantes por
onde passamdiariamente grande número de
funcionários e turistas. Perto da praça estão
algumas tascas e restaurantes como o Achuri ou
o Noya. Do outro lado da praça sai a rua pedestre
Pelota que vai até à catedral.
Plaza de las Flores – muito perto, na Plaza del
Mercado, o Merodio, é umdos bares mais
genuínos de Cádiz.
Avenida de Andalucia – cada vez há mais lojas
instaladas fora do núcleo antigo, ao longo desta
extensa avenida que se alonga entre a entrada
emCádiz e a Plaza de la Constitución (Puertas
de Tierra). À segunda-feira, o mercado El Piojito
é a grande atração.
A NOITE
Os colmaos ou chicucos (lojas-bar), o clima e os
espaços abertos são a infra-estrutura perfeita
para os jovens de “botellón”. Podem-se ver por
todos os lados, formando grupos e carregando