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medicina nuclear em revista

| Jan • Fev • Mar 2015

27

na prática

Para o presidente do

XX Congresso Brasileiro de Cance-

rologia

, José Ulisses Manzzini

Calegaro, o PET/CT está inserido de

maneira irreversível na oncologia.

“Há duas décadas, tínhamos de um

lado o procedimento cintilográfico e

de outro os procedimentos de análise

de estruturas. Agora, temos esse seg-

mento que reúne os dois: a análise

estrutural com o detalhamento de

comportamento biológico e celular de

determinados tumores, o que deu um

alcance muito maior. Isso modificou

substancialmente a área diagnóstica”,

ressalta o médico, que também é che-

fe do Serviço de Medicina Nuclear do

Hospital de Base de Brasília.

O marcador radioativo mais uti-

lizado para a realização do PET/CT

atualmente é o FDG-

18

F, um análogo

da glicose. Porém, ele não é o único

radiofármaco com possibilidade de

aplicações no exame. Dependendo

do tipo de tumor que se deseja anali-

sar ou das informações funcionais

que sejam buscadas, outras subs-

tâncias podem ser administradas.

No entanto, muitos desses radio-

fármacos ainda não estão liberados no

Brasil – uma situação que, na avalia-

ção domédico do Serviço deMedicina

Nuclear e PET/CT do Hospital

Israelita Albert Einstein (HIAE)

Marcelo Livorsi da Cunha, precisa ser

mudada. Ele conta que essas outras

drogas apontam (ou permitemquan-

tificar) informações como prolifera-

ção celular, presença de receptores

hormonais e condição de hipóxia teci-

dual, conseguidas por meio de um

método funcional como o PET/CT.

Já o professor titular de oncolo-

gia e hematologia da Faculdade de

Medicina do ABC, Auro del Giglio,

explica que a utilização de outros

marcadores permitiria a análise de

diversas vias bioquímicas, intro-

duzindo a metabolômica mais pro-

fundamente como recurso image-

nológico. “No futuro, poderemos

avaliar a ativação de determinadas

vias tumorais pré-tratamento e

sua inibição subsequente a um tra-

tamento alvo-direcionado, o que

nos auxiliaria a julgar a efetivida-

de terapêutica do bloqueio dessas

vias antes mesmo de haver qual-

quer modificação anatômica do

tumor”, destaca o médico e oncolo-

gista do HIAE.

A utilização do FDG-

18

F já está

consolidada para cânceres de esô-

fago, pulmão, colorretal e linfomas,

por exemplo. Para outros, como o

neuroendócrino, o Ga

68

, análogo da

somatostatina, se coloca como

melhor opção. “Ele tem sido uma

revolução nesse tipo de tumor. Em

até um quarto dos pacientes conse-

guimos detectar tumores que não

eram vistos com outras técnicas de

imagem”, diz a chefe de pesquisa do

Instituto do Câncer de São Paulo

(Icesp) e diretora científica do

Grupo Brasileiro de Tumores

Gastrointestinais, Rachel

Riechelmann. “Os tumores são

diferentes e expressam proteínas

diferentes em suas superfícies celu-

lares. Assim, o PET/CT com dife-

rentes radioisótopos pode melho-

rar o estadiamento de tumores dis-

tintos”, adiciona.

Cintilografia óssea

com MDP-

99m

Tc

PET/CT com FDG-

18

F

octreotide-DTPA-

111

In

Ventriculografia radioisotópica

Pesquisa de corpo inteiro

com

131

I

Pesquisa de corpo

inteiro com

131

I / MIBG-

123

I

Linfocintilografia para pesquisa de

linfonodo sentinela

Fonte: Michel Carneiro,

chefe do Departamento de

Medicina Nuclear do Inca

PRINCIPAIS EXAMES DA

MNNA ONCOLOGIA