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Andaluzia

Esta região mágica é o perfeito exemplo do calor e da energia de

Espanha e do seu povo. Existem poucos lugares mais românticos do

que a Andaluzia, com a beleza das suas paisagens e estilo de vida

pulsante, que personiica a inevitável herança Árabe reletida em

qualquer lugar que se vá.

Esqueça tudo sobre as praias e as selvas de concreto da linha

costeira e rume ao interior, para as magníicas cidades da honrada

Córdoba, da majestosa Granada, da grandiosa Sevilha e da nobre

Jerez de la Frontera. Juntamente com os portos históricos de Cádiz

e Málaga, estas são as jóias da coroa de Andaluzia. Se porventura

procura ainda mais tranquilidade, visite as aldeias brancas nas Sierras

onde, sob um céu limpo e azul, pode-se absorver os locais calmos

e o coração quente do seu povo, que têm sempre tempo disponível

para si.

A arquitetura mourisca da extraordinária Mesquita em Córdoba,

com uma Catedral católica construída no séc. XVI, é o ex-líbris da

cidade. Que tesouro seria negado às gerações futuras se o Bispo de

Córdoba tivesse obedecido às ordens para destruir a Mesquita! A

Alhambra em Granada e o Alcazar em Sevilha com a sua maravilhosa

catedral são outros pontos altos numa região que espanta pela sua

magniicência, enquanto projeta um ambiente romântico.

As temperaturas variam entre a costa Atlântica (+4ºC a 40ºC), o

interior (0ºC a 45ºC) e o Mediterrâneo, primeiramente em Málaga

(+4ºC a 40ºC) e depois em Almeria (+8ºC a 40ºC). Ejica, perto

de Córdoba, é geralmente o local mais quente em Espanha com

temperaturas que excedem os 50ºC. Há mais de 300 dias de sol

durante o ano, e a precipitação é muito baixa: 200mm em Almeria a

600mm em Cádiz.

Andaluzia

HISTÓRIA

Vestígios do homem de

Neanderthal de 50.000 anos

atrás foram encontrados em

Gibraltar. Mais tarde, em 8.000

AC houve um aluxo de tribos

africanas chamado de Ibéricos,

seguidos de Fenícios em 1.100

AC que construíram postos de

comércio e izeram de Cádiz a

mais antiga cidade europeia.

Seguiram-se os Celtas em 800

AC, os Cartagineses em 500 AC

e os Romanos em 206 AC, que

expulsaram os antigos invasores

e renomearam a região de

Bétis, tornando-a uma das mais

prósperas e melhor organizadas

colónias romanas, introduzindo

o cristianismo em 400 DC.

Subsequentemente a região

foi devastada por uma série de

invasores, incluindo os Mouros

(711) que aí permaneceram por

cerca de 800 anos.

A sua inluência na Andaluzia

foi enorme e maior de que em

qualquer outro local de Espanha,

com o seu legado cultural

transformando-se no ponto

central do turismo. Chamaram

à região Al Andalus, uma

designação ainda hoje utilizada

em alguns locais. No séc. XV

os Reis Católicos uniram toda

a Espanha sob uma bandeira

e inalmente expulsaram os

Mouros de Granada em 1492.

No mesmo ano, Cristóvão

Colombo partiu de Sevilha na

sua viagem de descobrimento,

estabelecendo-se assim que a

cidade seria uma de apenas três

que receberiam as riquezas por

ele enviadas.

No séc. XIX o Império iniciava a

sua ruína, e consequentemente

a perca de prosperidade da

região, como no negócio

do vinho, especialmente

Sherry e Málaga e mais tarde

Montilla entre os principais

comercializados. Recentemente

o turismo e o desenvolvimento

de propriedades tornaram-se a

chave da saúde inanceira da sua

população, enquanto o negócio

de vinho local entrou numa

recessão de onde está agora

inalmente a emergir.

CULTURA

A população desta região tem

um caráter muito próprio e é

muitas vezes bastante difícil

encontrar diferenças entre os

que são ciganos e aqueles que

não o são. O seu amor pela vida

e aparente atitude descontraída

fazem parte de uma maneira

de estar que muitos de nós

gostaríamos de ter, mas não

se pense que não trabalham

arduamente, porque o fazem.

Apesar de esta ser a terra da

“siesta” (e quem os poderá

recriminar por fugirem ao sol

escaldante do meio dia), a vida

nunca foi fácil para uma gente

cujos antepassados arrancaram

a vida do ambiente inóspito que

os rodeava. O turismo tornou-se

a base da sua economia.

Não é necessário viajar-se

muito para o interior para

descobrir como os verdadeiros

andaluzes vivem. As tranquilas

casas fechadas durante o dia

transformam-se num frenesim

de atividade na altura do

“Paseo” (pela tardinha) quando

famílias se passeiam e se

cumprimentam, parando em

cafés e bares para beber um café

ou vinho e tapas. Aí encontra-

se facilmente um guitarrista

e um cantor de Flamenco,

acompanhados por orgulhosos

e emocionais dançarinos,

realizando as rotinas únicas desta

arte. As origens do Flamenco são

multinacionais e multidoutrinais

sendo Árabes, Judaicas,

Visigóticas, Gregorianas e

Bizantinas e eram originalmente

cantadas e dançadas a uma

rítmica percussão. Apenas no

séc. XIX é adoptada a guitarra.

É classicamente praticada em

Jerez e Cádiz e é uma emocional

arte de contrastes entre amor

e ódio, alegria e tristeza, inveja

e esperança. Para uma melhor

apreciação deste género, nada

como um pequeno bar onde é

tocado com descontração.

Granada foi a morada de

Lorca, um dos maiores

poetas de Espanha. Também

Ernest Hemingway, o escritor

americano, viveu durante muito

tempo na Andaluzia. Ele adorava

as touradas, um espetáculo

originário de Ronda. No séc.

XX, a Dinastia Domecq Sherry

deu uma grande contribuição à

tourada ao criar massivos toiros e

proporcionando, provavelmente,

o melhor cavalo para touradas

(Rejoneador).

FESTAS

Os cavalos são uma importante

peça da vida andaluza e são

invariavelmente o pivot de

qualquer “Fiesta”, seja uma Feira

de Cavalos, A Festa de Maio de

Sevilha, corridas na praia em

Sanlúcar ou a romaria de Rocio

em Huelva. “El Rocia” presta