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Andaluzia
A Necrópole e o Anteatro são duas outras
curiosidades, onde se pode observar o túmulo
do elefante, na realidade um santuário dedicado
ao culto da deusa Cibeles, encarnação da
natureza e senhora da vida e da morte e de
Attis, divindade que morria e ressuscitava todos
os anos. A gura do elefante simbolizava a
eternidade. O túmulo de Servilia reproduz uma
mansão romana comumpátio, um vestíbulo
coberto por uma abóbada e várias salas.
Pensa-se que numa câmara central havia uma
escultura de Servilia. Omuseu com valiosas
jóias, mosaicos, estátuas e reproduções de
pinturas e o anteatro, completam o conjunto
arquitetónico.
ÉCIJA
São muitos os seus nomes: cidade do sol, das
torres, sertã da Andaluzia, cidade barroca, tantos
outros, e tudo lhe ca bem. Percorrer as suas
ruas, visitar os seus palácios, casas senhoriais,
igrejas e conventos ou trocar impressões com
a população local, a qual possui um enorme
sentido de humor, tudo são razões de peso para
car nesta cidade nas margens do rio Genil.
Desde a ampla Plaza de Espanha, (conhecida
como el Salón), pode dividir-se a visita em três
etapas que começam e terminamna mesma
praça. Não é demais armar que todos os
caminhos conduzem ao Salón. Nesta praça
encontra-se o convento de San Francisco, a
igreja de Santa Bárbara e a Câmara Municipal,
tendo por trás a igreja de Santa Maria. Em
direção a sul pela calle Fernandez Pintado,
o Convento de Capuchinos, restos da antiga
muralha, a igreja de Santiago e de regresso
à plaza de Espanha,o interessante conjunto
do Palácio de Benamejí. Ao longo da visita
encontram-se lugares tão curiosos como a
igreja de San Juan e o Palácio de Peñaor, de
cuja entrada se vêemduas das torres mais
emblemáticas da cidade. Na zona norte conta-se
um grande número de igrejas e conventos, nos
quais se misturam vários estilos artísticos.
OSUNA
A este de Sevilha, esta histórica e monumental
cidade conta com um dos legados mais
bem conservados da Andaluzia. Pelas suas
ruas respira-se o ar senhorial que envolve as
mansões vinculadas aos títulos nobiliárquicos.
Convém não passar à distância e deter-se
nesta luminosa cidade para desfrutar
Cidades da Província
de Málaga
ITÁLICA
Se houver tempo, vale a pena uma visita ao
conjunto arqueológico de Itálica, situado na
povoação de Santiponce, a uns 7 kms da
cidade (visita de Terça a Domingo). Trata-se das
ruínas da cidade romana fundada por Cipião o
Africano, por volta de 206 a. C.
A cidade chegou a adquirir grande
protagonismo no império, durante o reinado
dos imperadores: Trajano, nascido em Itálica
e Adriano, nascido emRoma mas educado
aqui. É então quando se constroem grandes
edifícios públicos, faustosos templos e luxuosas
mansões de nobres das quais ainda se mantêm
as paredes decoradas em ocasiões com
belíssimos mosaicos. Fora das muralhas, ainda
hoje também, se podem apreciar as ruínas do
teatro e o anteatro, que foi umdos maiores do
Império, onde se realizaram lutas com feras e
gladiadores.
CARMONA
A apenas 30 kms de Sevilha, está edicada
sobre uma colina dominando a extensa várzea
do Guadalquivir. Carmona brilha na Andaluzia
– e no seu brasão está escrito - como a estrela
da manhã. As suas muralhas, fortaleza, igrejas,
conventos e casas senhoriais constituemum
importantíssimo património monumental que
fazemdesta vila um local onde o passado e o
presente se encontram.
A Igreja de S. Pedro com a sua bela torre, a
Puerta de Sevilla e o Alcázar de Abajo que
são o mesmo monumento e faziamparte do
bastião original construído nos séc. II e I a.C.. As
cisternas, muros, barbacãs e o arco exterior de
ferradura pertencem aos séc. IX e XII. Descendo
a Calle Sacramento chega-se à Plaza de Arriba
ou de San Fernando, com fachadas originais
e varandas onde ainda se conservamparte
dos azulejos da época. No pátio da Câmara
Municipal pode ver-se ummosaico romano.
O Alcazar d’El Rey Don Pedro, situado no
ponto mais alto de Carmona, foi residência
de governadores e taifas até que, no séc. XIV
Pedro I o utilizou como umdos seus palácios
preferidos. Os terramotos de 1504 e 1755
deixaram-no em ruínas. Foi sujeito a numerosas
obras de restauro para o transformar num
Parador de Turismo.
Por toda a cidade encontram-se várias casas
brasonadas, como a Casa de Alonso Bernal
Escamilla e a Casa de los Rueda e o Palácio
do Marquês de las Torres. O templo mais
importante da cidade, a Igreja de Santa Maria,
construída sobre a antiga mesquita, conserva o
pátio das abluções e no seu interior o magníco
retábulo, o Apostolado de Zurbarán e a imagem
da Virgemde Gracia, padroeira da cidade.
A judiaria é umdos bairros mais interessantes,
com a Casa das Águas, os Conventos de Santa
Clara e de las Descalzas, a Casa de los Lasso e a
Igreja de San Blas.
tranquilamente dos seus múltiplos tesouros.
A visita é curta e intensa e os seus habitantes,
abertos e sempre dispostos a conversar com os
forasteiros, conseguem que estes se sintam à
vontade entre eles. Convém visitar a Colegiada
e o Panteão Ducal, magníco edifício que
guarda importantes obras de arte. O Convento
da Encarnação, a Universidade e, emdireção a
oeste, os restos da cidade romana completam
uma primeira etapa. Parte do atrativo da cidade
encontra-se no triângulo formado pelas ruas
Carrera, San Pedro e Sevilha, um conjunto
de igrejas e palácios que são a herança do
esplendor de Osuna.
A entrada por qualquer dos seus acessos
conduz à Plaza Mayor, ampla e cheia de sombra,
onde o bulício da cidade se concentra em
torno do Casino. Por aqui pode-se deixar o
carro e dizer ao vigilante quando se lhe entrega
a gorjeta, que se pretende car algum tempo,
para que não haja mal entendidos, visto que
teoricamente o bilhete é válido só por uma hora.
Alguns pontos de interesse da cidade: Colegiada
e Museu de Arte Sacra, Panteão Ducal, Mosteiro
da Encarnação, Universidade, restos do teatro
romano (propriedade privada, pelo que não se
pode visitar) e a necrópole do séc. VII a.C.
Vale a pena entrar no Casino, umdos lugares
mais pitorescos de Osuna: bar de “tapas”, sala
commesa de jogos, estupendo bilhar francês e
um salão para o café comumas janelas que dão
para a praça.
Ainda a Igreja do Convento da Conceição,
as casas senhoriais das ruas San Pedro e
Sevilha, como a “Cilla del Cabildo” e o Palácio
del Marquês de Gomera e o Palácio de Puente
Hermoso. A ornamentação das suas fachadas
e dos pátios interiores falampor si só do
esplendor de Osuna durante os séc. XVII e XVIII.
A visita não pode terminar sem conhecer
o Museu Arqueológico, na torre da Água,
construção defensiva almóada, onde se guarda
o famoso “Toro de Osuna”.
A importância dos lugares mencionados
não deve fazer-nos esquecer outros edifícios
religiosos, como o convento de Santa Catalina,
ou a torre da igreja da Vitória, e diversas
construções civis (palácios, solares e antigos
edifícios administrativos) que abundamna
cidade, sendo todo o conjunto o que faz com
que Osuna seja uma cidade monumental que
chegou aos nossos dias em invejável estado de
conservação.