Previous Page  26 / 60 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 26 / 60 Next Page
Page Background

INDÚSTRIA NAVAL E OFFSHORE

26

PORTOS E NAVIOS SETEMBRO 2015

Danilo Oliveira

A

s políticas de conteúdo local

brasileiras devem passar por

aprimoramentos nos próxi-

mos anos. Apesar dos ganhos

para construção naval nos últimos 15

anos, Petrobras, fornecedores e Agên-

cia Nacional de Petróleo, Gás Natural e

Biocombustíveis (ANP) defendemme-

lhorias nas políticas de conteúdo local

para aumentar a competitividade da

construção naval e

offshore

. O chefe de

conteúdo local da agência, Marco Tú-

lio, ressalta a necessidade de indústria,

agência e governo trabalharem juntos

para o aprimoramento das regras esta-

belecidas.

— Não acho que a política de con-

teúdo local seja madura, tem 15 anos.

Existe ansiedade dos agentes em resol-

ver tudo de uma vez e que a resolução

O chefe de conteúdo local da ANP

contou que existem regras importan-

tes em processo de revisão, como os

critérios de certificação e como os for-

necedores lançam seus investimentos

nos relatórios. Para isso, a ANP preten-

de trabalhar junto às certificadoras. No

segundo trimestre de 2015, a agência

emitiu cerca de 70 mil certificações. O

volume representa um total de R$ 115

bilhões em termos de investimentos

associados.

Túlio destacou que estaleiros bra-

sileiros tem potencial para, no futuro,

fazeremreformas e reparos de embarca-

ções e plataformas estrangeiras. “Se fo-

remativados reparo e reforma dentro de

alguns estaleiros, vamos ativar ummer-

cado pronto para ser utilizado”, aponta.

Ele identifica a necessidade de trabalhos

de conscientização sobre conteúdo local

para a cadeia de fornecedores e serviços,

pois ainda existe pouco conhecimento

sobre as regras.

Para o assessor da presidência da

Petrobras para conteúdo local, Paulo

Alonso, a produtividade dos estaleiros

brasileiros ainda está distante do

ben-

chmarking

apurado no Japão e Coreia

do Sul. Ele relata que, em conversas

com presidentes de estaleiros brasi-

leiros, a maioria relata como principal

desafio melhorar o planejamento e

gestão de seus ativos.

Mudanças em debate

Petrobras, fornecedores e ANP defendem melhorias em

políticas de conteúdo local em evento da Sobena

de regras seja abrupta — analisou Túlio,

durante seminário promovido pela So-

ciedade Brasileira de Engenharia Naval

(Sobena), em agosto, no Rio de Janeiro.

Na ocasião, ele destacou que a séti-

ma rodada foi um marco para a polí-

tica de conteúdo local, sobretudo por-

que a tabela de compromissos passou

a servir de guia para operadores, for-

necedores e agentes. Túlio lembra que,

na primeira rodada, esses compromis-

sos erammais conservadores, chegan-

do à quinta e sexta rodadas commetas

de 30% a 35% para os grandes campos

de exploração. Para ele, o setor está

atento à necessidade de mudanças

nas inconsistências percebidas pelo

mercado.“Política de conteúdo local

não vai mudar no sentido de direção.

Aprimoramentos serão feitos”, afirma.

No segundo trimestre de 2015, a ANP

emitiu cerca de 70 mil certificações ,

ou R$ 115 bilhões em investimentos