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INDÚSTRIA NAVAL E OFFSHORE

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PORTOS E NAVIOS SETEMBRO 2015

Danilo Oliveira

A

Enseada Indústria Naval atri-

bui a paralisação das obras de

implantação de seu estaleiro

em Maragogipe (BA) ao atra-

so no repasse pelos agentes financeiros

da segunda parcela do financiamento

de R$ 600milhões aprovados pelo Fun-

do de Marinha Mercante (FMM). Além

disso, o estaleiro está, desde novembro

de 2014, sem receber os pagamentos

da Sete Brasil. O diretor de relações

institucionais e de sustentabilidade

do Enseada Indústria Naval, Humber-

to Rangel, explica que, até a suspen-

são dos pagamentos por parte da Sete

Brasil, a empresa vinha performando

bem a implantação do seu estaleiro

na Bahia e a fabricação de três das seis

sondas de perfuração contratadas para

exploração do pré-sal.

De acordo com Rangel, o casco da

primeira delas (

Ondina

) estava em

avançado estágio de fabricação em

março e vários módulos do

topside

Durante a Marintec South America

– Navalshore 2015, Rangel destacou

que a Enseada venceu os desafios de

2012, quando havia preocupação do

mercado com os chamados “estaleiros

virtuais”. Ele disse que, atualmente, os

estaleiros estão preocupados com as

“encomendas virtuais”, fazendo alu-

são às incertezas em torno do plano

de negócios da Petrobras. O diretor da

Enseada lembra que, de 2008 a 2012,

diversos estados disputaram a chance

de sediar estaleiros incluídos no pro-

grama de retomada da indústria naval

com foco na exploração do pré-sal.

Motivados por estímulos do go-

verno federal, grupos empresariais

nacionais aceitaram o convite de per-

formar contratos de alto valor agre-

gado e complexidade. “O governo fez

convocação dos empresários. Baseado

nas encomendas da Sete Brasil, que se

tomou a questão de investir”, contou

Rangel durante o evento.

Performance afetada

Atrasos na liberação de financiamento e suspensão de

pagamentos pela Sete Brasil prejudicam retomada do Enseada

Somando os

estaleiros

Inhaúma (RJ) e

Enseada (BA), já

foram treinados

80 profissionais

no Japão

também já foram concluídos nas de-

pendências do estaleiro que, em ou-

tubro de 2014, conquistou sua licença

parcial de operação. Ele destaca que,

em fevereiro de 2015, o estaleiro con-

cluiu o içamento completo de um dos

mais altos guindastes Goliath da Amé-

rica Latina, com capacidade de iça-

mento de 1,8 mil toneladas.

Até a suspensão dos pagamentos por parte da Sete Brasil, a empresa vinha performando bem a implantação do estaleiro na Bahia