Previous Page  16 / 60 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 16 / 60 Next Page
Page Background

INDÚSTRIA NAVAL E OFFSHORE

16

PORTOS E NAVIOS SETEMBRO 2015

Danilo Oliveira

C

ientes dos problemas es-

truturais e econômicos que

estão afetando a indústria

naval, os principais agen-

tes do setor discutiram, durante a 12ª

edição da Marintec South America –

Navalshore 2015, caminhos para con-

solidar o crescimento da construção. A

Associação Brasileira das Empresas de

Construção Naval e Offshore (Abenav)

avalia que faltam articuladores no go-

verno para tentar solucionar de forma

consistente as reivindicações do setor

naval. O presidente da Abenav, Sérgio

Bacci, afirmou que existe diálogo com

os ministérios, que esbarra na preocu-

pação de agentes públicos em tomar

decisões e assinar documentos neste

momento.

Ele narrou a dificuldade dos estalei-

ros conseguirem novas encomendas e

alertou para o risco de mais unidades

fecharem suas portas, a exemplo do

que aconteceu recentemente com o

estaleiro Mauá (RJ). “A capacidade é

crescente, mas se não houver deman-

da até 2020 voltaremos a ser o que éra-

mos em 2000”, alertou Bacci.

O vice-presidente do estaleiro Mac

Laren (RJ), Maurício Almeida, lamen-

tou a perda de encomendas da indústria

offshore

para estaleiros asiáticos. Ele res-

saltou que o custo de construir no Brasil

émais caro que no exterior por causa da

alta carga de impostos e que isso precisa

ser discutido. “O setor está parado. Mas

podemos ajudar a economia do país

comomercado

offshore

”, ponderou.

Estratégias

para reagir

Setor naval discute na Marintec

crise econômica e busca soluções

para consolidar crescimento

MAURÍCIO ALMEIDA

Podemos ajudar a

economia do país com o

mercado ‘offshore’

raul sanson

É fundamental uma

política clara em relação

ao conteúdo local

Guto Nunes

Guto Nunes