INDÚSTRIA NAVAL E OFFSHORE
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PORTOS E NAVIOS SETEMBRO 2015
Danilo Oliveira
C
ientes dos problemas es-
truturais e econômicos que
estão afetando a indústria
naval, os principais agen-
tes do setor discutiram, durante a 12ª
edição da Marintec South America –
Navalshore 2015, caminhos para con-
solidar o crescimento da construção. A
Associação Brasileira das Empresas de
Construção Naval e Offshore (Abenav)
avalia que faltam articuladores no go-
verno para tentar solucionar de forma
consistente as reivindicações do setor
naval. O presidente da Abenav, Sérgio
Bacci, afirmou que existe diálogo com
os ministérios, que esbarra na preocu-
pação de agentes públicos em tomar
decisões e assinar documentos neste
momento.
Ele narrou a dificuldade dos estalei-
ros conseguirem novas encomendas e
alertou para o risco de mais unidades
fecharem suas portas, a exemplo do
que aconteceu recentemente com o
estaleiro Mauá (RJ). “A capacidade é
crescente, mas se não houver deman-
da até 2020 voltaremos a ser o que éra-
mos em 2000”, alertou Bacci.
O vice-presidente do estaleiro Mac
Laren (RJ), Maurício Almeida, lamen-
tou a perda de encomendas da indústria
offshore
para estaleiros asiáticos. Ele res-
saltou que o custo de construir no Brasil
émais caro que no exterior por causa da
alta carga de impostos e que isso precisa
ser discutido. “O setor está parado. Mas
podemos ajudar a economia do país
comomercado
offshore
”, ponderou.
Estratégias
para reagir
Setor naval discute na Marintec
crise econômica e busca soluções
para consolidar crescimento
MAURÍCIO ALMEIDA
Podemos ajudar a
economia do país com o
mercado ‘offshore’
raul sanson
É fundamental uma
política clara em relação
ao conteúdo local
Guto Nunes
Guto Nunes