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dos rios. Os associados do sindicato, junto com o Conselho

Regional de Engenharia e Agronomia do estado (CREA-AM),

o Instituto de Proteção do Ambiente do Amazonas (IPAAM)

e a Capitania dos Portos da região discutem a formação de

uma comissão para fiscalização do setor na área técnica e

na mão de obra.

O presidente do Sindnaval, Matheus Araújo, lamenta que

o setor ainda não esteja legalizado no Amazonas, onde há

clandestinidade em muitas construções. “As construções

feitas nos igarapés e nos rios são virtualmente invisíveis.

Não há como ter uma estatística confiável. Estamos traba-

lhando para fazer a regulação do setor”, afirma. A ação das

entidades é importante para viabilizar o projeto do polo na-

val do estado, que há alguns anos esbarra em questões am-

bientais e sócioeconômicas.

Araújo destaca que Manaus também fabrica embarca-

ções marítimas, como quatro salineiros que estão sendo

construídos para entrega no Rio Grande do Norte, e um na-

vio de passageiros para entrega no Maranhão, além de bal-

sas para transporte de carga e veículos para Bahia e Alagoas.

“O Nordeste hoje é um dos principais clientes do Norte, es-

pecialmente Manaus”, enfatiza. Ele atribui o fato, em parte,

aos processos e produção eficiente dos principais estaleiros,

além da isenção fiscal para construção concedida no Ama-

zonas.

A professora Nadja Lins, coordenadora de dois cursos

técnicos no Centro de Educação Tecnológica do Amazonas

(Cetam), percebe que o ritmo de construção no estado di-

minuiu há pelo menos dois anos. Mas a pesquisadora ex-

plica que a demanda por manutenção e reparo está sempre

aquecida no Amazonas, enquanto a construção de embar-

cações tem como termômetro o transporte de

commodities

.

O transporte de cargas na região envolve granéis e produtos

fabricados no polo industrial de Manaus. “Nossa carteira é o

tempo todo cheia”, avalia Nadja.

Ela destaca que, desde a última década, a construção na-

val do estado evoluiu em termos demão de obra e produção,

deixando aos poucos de fabricar embarcações de madeira e

passando a construir em aço, alumínio e fibra. O curso de

técnico em construção naval do Cetam está na terceira tur-

ma. Nadja conta que, de turmas com 40 alunos, pouco mais

de 25 saem formados para trabalhar em estaleiros. Outro

curso, na primeira turma, formará técnicos em transporte

de cargas. Há cerca de três anos, foi criado o curso de enge-

nharia naval na Universidade Federal do Amazonas, que em

breve formará a primeira turma.

O Estaleiro São João

(AM) tem em carteira um empurra-

dor, alémde uma balsa com capacidade de 1,5mil toneladas

em fase de acabamento. O tradicional estaleiro sentiu uma

diminuição nas atividades para transporte e navegação na

região. O gerente comercial do estaleiro São João, Nilo Cou-

tinho, lembra que a economia brasileira, principalmente no

setor industrial, está prejudicada e diz que os grandes con-

tratos em execução são por conta das empresas transporta-

doras de soja, que formalizaram os serviços antes da crise

econômica atual.