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PORTOS E NAVIOS SETEMBRO 2015
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tamar, a tendência é que a demanda
se concentre em reparos e manuten-
ção. Ele aposta no crescimento das
encomendas locais por conta do vo-
lume de investimentos privados para
escoamento de grãos. Ele ressalta que
a quantidade de barcaças, abaixo de
600, ainda é bastante inferior às duas
mil da Bacia do Paraguai e às 10 mil
que operam na Bacia do rio Mississipi,
nos Estados Unidos.
As vias navegáveis noNorte incluem
a calha do Amazonas e os rios da mar-
gem sul do estado que permeiam zona
produtora de grãos. Além dos grãos a
serem exportados na região, há pro-
jetos de incremento do transporte de
minério no futuro. Também a explora-
ção da matéria-prima para fabricação
de fertilizantes, que hoje o Brasil im-
porta em grande quantidade, é vista
como carga com grande potencial de
crescimento.
O Beconal tem contratos para a
construção de mais de 30 barcaças e
seis empurradores. Neste ano, o esta-
leiro já entregou três empurradores.
Até janeiro de 2016, pretende entregar
35 barcaças. “Esse mercado de escoa-
mento de grãos pela região Norte está
se sedimentando agora. Estaleiros
precisam produzir essas barcaças em
escala acelerada. Mas, depois que es-
tiver consolidada, essa demanda cairá
consideravelmente e ficarão as reposi-
ções”, projeta.
O presidente da Sociedade Brasilei-
ra de Engenharia Naval (Sobena), Age-
nor Junqueira Leite, destaca que a ati-
vidade da navegação interior é muito
importante para a competitividade do
país como exportador de grãos. “Em
termos de Brasil, só seremos competi-
tivos quando houver boa logística, que
passa pela navegação fluvial”, aponta.
Além dos investimentos em navega-
ção, a região Norte vem recebendo
investimentos privados para a cons-
trução e remodelação de terminais
portuários.
Pesquisa da
Abenav indica
forte demanda por
motores, sistemas
de comandos
elétricos, sistemas
de direção e
sistemas de
comunicação