INDÚSTRIA NAVAL E OFFSHORE
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PORTOS E NAVIOS SETEMBRO 2015
Danilo Oliveira
C
om a crise em grandes esta-
leiros, a construção e repara-
ção de embarcações fluviais
torna-se cada vez mais um
nicho visado pela indústria de for-
necedores. O Sindicato Nacional da
Indústria da Construção e Reparação
Naval e Offshore (Sinaval) estima uma
carteira atual de 148 projetos de bar-
caças e empurradores. Apesar da con-
centração de estaleiros especializados
na região Norte, o segmento também
oferece oportunidades para plantas e
fornecedores localizados no Sul, Su-
deste e Nordeste.
A Associação Brasileira das Empre-
sas de Construção Naval e Offshore
(Abenav) identifica demanda aque-
cida no segmento de construção de
comboios para o transporte em rios e
baías, com forte impacto nos estalei-
ros do Pará e Amazonas. A avaliação
tem como base uma pesquisa sobre
tendências de mercado da entidade
junto aos seus associados.“Nestes ni-
chos se encontram forte demanda por
motores, sistemas de comandos elétri-
cos, sistemas de direção e sistemas de
comunicação”, afirma o presidente da
Abenav, Sergio Bacci. Ele destaca que
a redução geral da demanda, resultado
do menor investimento da Petrobras,
promove o deslocamento da atenção
para vendas a mercados que perma-
necem ativos, como é o caso do reparo
naval.
O gerente industrial do estalei-
ro Beconal, Flávio Silveira, diz que a
construção de embarcações fluviais
na região Norte vive um momento de
muitas encomendas que ainda levará
alguns anos para encontrar seu ponto
de equilíbrio. Quando atingir esse pa-
Brasil de oportunidades
Em tempos de crise, construção e reparo de embarcações
fluviais abrem alternativa para estaleiros e fornecedores
Antaq/Divulgação